A Comissão do Mercado de Capitais (CMC), envolvida no espírito de promoção da inclusão, valorização e celebração da mulher, realizou um evento designado "Mulheres, Negócios e Mercado de Capitais", no dia 21 de Março, no Hotel Epic Sana.
Num momento em que se discute cada vez mais, quer a nível mundial como nacional, o papel da mulher na sociedade, no que toca a igualdade de direitos e oportunidades no mercado de trabalho, na participação das decisões político-sociais e no empreendedorismo, a CMC exaltou o importante papel da mulher para o desenvolvimento económico e social das sociedades.
O evento teve como objectivo levar as mulheres à uma reflexão sobre o seu papel na sociedade, as características da mulher empreendedora, o que é ser uma mulher líder e a inclusão da mulher no Mercado de Capitais.
Segundo a Dra. Vanessa Simões, Presidente do Conselho de Administração da CMC, que proferiu o discurso de abertura, considera-se fundamental que as empresas e o mercado financeiro, como um todo, abram cada vez mais espaço para as mulheres e para outras minorias. "Precisamos de criar políticas de inclusão e igualdade, que permitam que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades de acesso a este sector. Neste mês de maior reflexão, é importante discutir a participação das mulheres nos diferentes sectores do país e fundamentalmente no sistema financeiro", afirmou a Presidente da CMC.
O evento contou com uma apresentação resumida sobre o Mercado de Capitais no Feminino e duas mesas redondas, a primeira se focou no empreendedorismo feminino e a segunda contou com uma conversa de mulheres líderes no sistema financeiro.
A primeira mesa redonda teve a moderação de Carla Fernandes, radialista de profissão, e contou com a presença de senhoras que se distinguem em vários sectores da vida económica e social do nosso país, nomeadamente: Marla Galiano (fundadora da Gallianus), Cláudia Cohen (fundadora da Clínica Miradente), Marlene José (fundadora da Foodcare Angola) e Justine Fernandes (fundadora da Bhana FF).
Durante o painel foram discutidas questões como o papel e a importância da mulher empreendedora, os principais desafios que a classe enfrenta e as medidas tomadas para os ultrapassar, bem como as perspectivas futuras para o empreendedorismo em Angola, à luz do actual cenário macroeconómico que se vive. Foram assim ouvidas, na primeira pessoa, experiências de mulheres empreendedoras que começaram os seus negócios de forma particular, com altos e baixos, com mais ou menos conhecimentos, mas determinadas a vencer.
Já a segunda mesa redonda teve a moderação de Dicla Burity, apresentadora de televisão, e contou igualmente com a presença de ilustres mulheres com papéis relevantes no sistema financeiro angolano, como Ludmila Dange (Administradora Executiva da CMC), Fátima Silveira (Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Yetu), Ana Regina Victor (Presidente do Conselho de Administração da Áurea, SDVM) e Ana Seabra (Administradora Executiva do Banco Geral Caixa Angola). Este segundo painel visou olhar para mulheres de destaque no sistema financeiro pela sua liderança, ilustrando as suas jornadas, olhando para os desafios, triunfos alcançados e perspectivas futuras. As integrantes partilharam as trajectórias pessoais e profissionais e os factores que lhes impulsionaram até onde chegaram, realçando o Mercado de Capitais como uma solução para as empreendedoras que procuram financiamento.
Em representação de Sua Excelência Sra. Ministra das Finanças, Dra. Vera Daves de Sousa, o Excelentíssimo Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Dr. Ottoniel Santos, no seu discurso de encerramento, reconheceu o papel fundamental que as mulheres desempenharam e continuam a desempenhar em todas as áreas da sociedade, afirmando que hoje, graças à sua resiliência, perseverança, mérito e conquistas, as mulheres têm ocupado cada vez mais espaço e alcançado posições de destaque em diferentes áreas. Por isso, é fundamental continuar a promover a educação e consciencialização sobre a igualdade de gênero, apoiar políticas e acções que garantam o acesso das mulheres aos mesmos direitos e oportunidades dos homens, e incentivar a sua participação activa em todas as áreas da vida.
"Há certamente ainda muito trabalho a ser feito e é necessário que homens e mulheres estejam unidos pela igualdade de gênero, pela eliminação da violência contra as mulheres e pelo acesso equitativo ao sistema financeiro e às oportunidades económicas, políticas e sociais", concluiu o Secretário de Estado.
Por fim, e como forma de homenagear e acarinhar as mulheres pelo seu mês, foi oferecida às participantes dos painéis, um bouquet de flores, e às convidadas presentes na plateia, uma rosa de porcelana, símbolo de pureza e beleza que caracterizam a mulher angolana.
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